Desafio.

20:07

Ela abriu os olhos. Sentiu uma leve dor no braço direito, afinal havia passado a noite toda deitada sobre ele. Estava ali, mal encaixada nos lençóis da sua cama.

Ah não.
De novo, não.
As memórias voltaram como flashes: Após uma semana estressante na faculdade, como ela negaria uma festa daquelas? Impossível! Ao chegar na festa, ela o viu, rindo, com aquela expressão de desafio nos olhos. A velha expressão, que sempre despertava no seu interior uma enorme vontade de provar que era capaz de surpreendê-lo. Mas ela decidiu que não cederia de novo.
(In)felizmente, isso não foi cumprido.
Entre olhares malicioso e doses de tequila, pouca coisa fora discutida.
A conversa de verdade não foi verbal, não foi através de palavras ou da gramática. A linguagem seguiu os trâmites do corpo, do suor, do instinto. Ela, tímida no dia a dia, se soltou.
E, a partir daí, não se lembrava de mais nada.
Se mexeu na cama, e percebeu que estava sozinha. Ao lado de sua cama, um bilhete escrito em guardanapo:
- Mais uma vez, você cedeu. Pare de fugir. Você sabe onde me encontrar. Como eu já te falei antes: "Há sempre uma razão, embora não haja nenhuma explicação."

You Might Also Like

1 Comentários

Posts mais vistos

Like us on Facebook

Flickr Images